segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Capítulo III

Reinventando a Música

As inovações rítmicas de Tom Jobim, a sutileza do violão de João Gilberto, a formação teórica e o talento de Roberto Menescal, à poesia de Newton Mendonça e de Vinícius de Moraes, e o novo modo de "cantar falando", informal, criaram uma nova estética musical. O refinamento musical, principalmente na harmonia e na instrumentação, diferenciou a Bossa Nova de tudo o que já havia sido feito em música no Brasil.
A produção musical da Bossa Nova pode ser dividida em duas fases: num primeiro momento, algumas músicas como Garota de Ipanema, O barquinho, Lobo bobo, Corcovado refletem em seu discurso o clima coloquial, descontraído e cheio de humor que caracteriza a "cor local".
A outra fase aborda as questões relativas ao subdesenvolvimento brasileiro. Nesta fase a Bossa Nova ingressa no seu período de canções de protesto, uma Bossa Nova engajada, na qual se destacam nomes como Edu Lobo, Carlos Lyra, Vianinha, Guarnieri e Geraldo Vandré e músicas como "Borondá", "Chegança", "Upa neguinho", de Edu Lobo.
Em setembro de 1962, perante um público de três mil pessoas, a Bossa Nova havia conquistado deinitivamente seu lugar no mundo da música, no histórico espetáculo apresentado no tradicional Carnegie Hall de Nova York. A partir de então, a Bossa Nova passa a ser gravada por músicos de jazz e até por nomes como Frank Sinatra, transformando-se no estilo musical brasileiro mais influente no cenário internacional.

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