quarta-feira, 13 de abril de 2011

PAGU

Pagu nasceu Patrícia Rehder Galvão, em São João da Boa Vista (SP), em 9 de julho de 1910. Antes de ser Pagu, Patrícia foi Záza, como era conhecida em família. Desde cedo, já era uma mulher avançada para os padrões da época: fumava na rua, usava blusas transparentes, cabelos eriçados e dizia palavrões.
Aos 15 anos de idade, em 1956, passa a colaborar no Brás Jornal, sob o Pseudônimo de Patsy. Frequenta o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde é aluna de Mário de Andrade e de Fernando Mendes de Almeida.
Ao contrário do que muitos pensam, Pagu não participou da Semana de Artes Moderna, em 1922, pois tinha apenas 12 anos. Porém, participou do movimento modernista.
Em 5 de janeiro de 1930, casa-se com Oswald de Andrade no cemitério, diante do jazigo da família dele, em São Paulo. Seu filho, Rudá de Andrade, nasce no dia 25 de setembro.
Em 1931, Pagu ingressa no Partido Comunista Brasileiro. Edita o jornal O Homem do Povo, com Oswald, que foi proibido pela polícia após oito números. É presa, em 23 de agosto, em Santos(SP), ao participar de um comício em homenagem a Sacco e Vanzetti. Um estivador negro morre em seus braços, fuzilado pela polícia. Fica presa no cárcere na Praça dos Andradas, hoje um centro cultural que leva o seu nome.
Morou em uma vila operária, no Rio de Janeiro, exercendo várias funções como operária. Doente, é socorrida por Oswald de Andrade, que financia a edição do romance Parque industrial, em 1933. Viaja com Mara Lobo pelo mundo, enviando reportagens para jornais brasileiros.
Na França, em 1934, após ter estado na Rússia, pagu é ferida em manifestações de rua e presa três vezes. Quase é deportada para a Alemanha nazista. Em 1935, é presa no Brasil por causa do levante comunista. Absolvida em São Paulo, é condenada a dois anos de prisão no Rio. Foge, é perseguida, e presa novamente em 1938. É condenada a mais dois anos de prisão.
Em 1940, é libertada e se casa com Geraldo Ferraz. Exerce a profissão de jornalista e escreve contos e poesia. Tenta o suícidio em 1949. Em 1950, candidata-se a deputada estadual pelo Partido Socialista Brasileiro, em São Paulo. Em 1956, publica umas das primeiras colunas de tevê no país com o pseudônimo Gim, em A Tribuna.
Em 1960, encontra-se com Jean-Paul Sarte e Eugéne Ionesco, em São Paulo e no Rio. Morre em Santos, em 12 de Dezembro de 1962.

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