Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910.
Sua bisavó materna ("dona Miliquinha") era prima de José de Alencar, autor de "O Guarani". Seu pai era juiz de Direito em Quixadá, onde residiam. Mais tarde,seu pai se dedicaria pessoalmente à sia educação, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. Em julho de 1917, a família transfere-se para o Rio de Janeiro, fato que seria tema de seu livro de estréia. O Quinze, escrito em 1930, em um período em que esteve doente, obrigada a repousar.
Logo a seguir, mudam-se para belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade.
Colaborou no jornal O Ceará, publicando o folhetim História de um nome - sobre as várias encarnações de uma tal Rachel - e organiza a página de literatura do jornal.
Seu romance O Quinze, um retrato realista da luta secular de um povo contra a miséria e a seca, foi editado com dinheiro emprestado pelos pais e, mais tarde. Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade, o que torna Raquel uma personalidade literária conhecida no Brasil. Em 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha. Conhece integrantes do Partido Comunista; de volta a Fortaleza ajuda a fundar o PC cearense. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Rompe com o Partido Comunista ao ver censurada uma obra sua.
Recebe, da Academia Brasileira de Letras, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Mais Adiante, o presidente da República, Jânio Quadros, a convida para ocupar o cargo de ministra de Educação, que é recisado. O presidente general Humberto de Alencar Castelo Branco, seu conterrâneo e aparentado, no ano de 1966 a nomeia para ser delegada do Brasil na 21ª Sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, junto à Comissão dos Direitos do Homem.
Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, eleita em 1977. Em 1993, recebeu dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato.
Faleceu no dia 04 de novembro de 2003, na cidade do Rio de Janeiro.
Deixa uma obra composta de 21 títulos principais e recebeu pelo menos 19 importantes prêmios literários ao longo da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário